EM DIA COM O
MACHADO 562
VALORIZAR O
POSITIVO (Irmão Jó)
As considerações abaixo decorrem da
frase e palavras contidas em vídeo que me foi encaminhado por pessoa querida. Abaixo
da mensagem falada pelo padre Émerson, está escrito este pensamento de A. D.: “Nossos
valores vão sendo construídos, descontruídos, transformados ao longo dos anos!
Mas nossa essência jamais muda”.
Como já informei há algum tempo, em
2021 concluí um curso de pós-doutoramento cultural na Universidade Estadual da
Bahia (UNEB), campus 2, Alagoinhas. Meu objetivo aqui não é me ufanar por ter obtido,
com a complacência do nobre Osmar Santos, coordenador do curso, láurea na área
cultural quando eu já estou numa idade em que raríssimas pessoas pensam cursar
alguma disciplina escolar. Muita gente, com mais de 65 anos, se considera no
direito de descansar da estressante vida de estudos acadêmicos que, nessa idade,
pouca valia tem, no conceito da maioria dos próprios pós-graduados.
Então, por que cursar uma nova
pós-graduação quase aos 70 anos? Para quê? perguntará você, alma amiga que me
lê. Primeiro, porque nunca me considerei velho e, portanto, jamais deixei de
trabalhar na educação própria e do próximo, com boa vontade, ainda que oficialmente
me tenha obrigado a parar de lecionar aos 58 anos de idade por problema de
saúde, superado atualmente. Principalmente, graças à possibilidade de continuar
esse trabalho de modo on-line. Segundo, porque cultura não ocupa lugar
em nossa alma e nunca deixei de ter curiosidade pelo saber. Terceiro, porque,
sendo espírita cristão, há muito percebi que o Cristo conta com nosso esforço na transição deste mundo de
expiações e provas para orbe melhor. Então, não temos tempo a perder com
programas voltados meramente à efêmera existência material.
Basicamente, esses são os porquês
dos meus estudos, acadêmicos ou não. Quanto aos estudos espíritas e sua
divulgação, tudo o que puder ser divulgado, com base na magistral obra de Jesus
e de Kardec, será útil ao trabalho em prol de um mundo melhor para as suas 7,5
bilhões de almas encarnadas e outras tantas desencarnadas. Eis que, tanto no
plano físico quanto no espiritual, milhões de criaturas jazem adormecidas
espiritualmente. Por ora, não perceberam a importância do conhecimento de que,
sendo eternos e fadados à perfeição, não nos cabe perder tempo com picuinhas,
ambições desmedidas e desamor ao semelhante. Cabe-nos, isto sim, aos que
acordamos, colaborar com o despertamento dessas almas, em retribuição às
imensas bênçãos recebidas por nós do Alto.
Por fim, agradeço, mais uma vez, à
UNEB a aquisição da ampla visão sobre o respeito que devemos ter aos que não
pensam como nós. Não somente na convivência a distância com seu coordenador,
Osmar, como também com outros professores, dentre os quais destaco o nobre
Éverton Nery, que nos permitiram assistir as exposições on-line de
professores e convidados filiados a diversas crenças e ideologias. Com eles,
aprendi a respeitar todo ser humano, não pela cultura ou crença que possua, mas
pelo seu caráter e pelo idealismo que defenda, ainda que pensemos diferente.
Sábio é quem não impõe suas ideias a
ninguém, por mais que se julgue com razão em qualquer discussão. Isso decorre destas
palavras de Émerson: “Ao invés do defeito, procurar a qualidade, ao invés de
argumentos que criam desunião, procurar pontos em comum que nos levem ao bem
comum. E certamente a nossa boca, os nossos olhares, a nossa palavra irão
refletir aquilo que o nosso coração permitiu estar dentro dele”.
Paz e luz!
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